A hiperidrose se caracteriza por uma produção excessiva de suor. Pode ser localizada em pequenas áreas, tais como palmas das mãos, planta dos pés e axilas, ou generalizada em diversas áreas corporais.
A maioria dos pacientes obtém sucesso no tratamento com soluções tópicas. Os demais casos podem contar com as seguintes opções:
- Iontoforese: terapia que usa um aparelho elétrico para neutralizar as glândulas sudoríparas por meio de correntes iônicas. O paciente deve colocar o aparelho no local afetado (palma, planta ou axila) uma a duas vezes ao dia por tempo médio de 15 a 30 minutos.
- Toxina botulínica: excelente método para tratar hiperhidrose axilar, palmar, digital e plantar, porém, transitório. Consiste na aplicação da toxina botulínica nos locais afetados, por meio de injeções. A área a ser tratada é previamente anestesiada. A toxina age bloqueando os estímulos nervosos para as glândulas sudoríparas, impedindo a produção excessiva do suor. A injeção pode ser dolorosa nas regiões palmar, digital e plantar, mas trata-se de uma opção de tratamento segura, efetiva e minimamente invasiva. Os resultados do tratamento com toxina botulínica duram em média seis meses; após esse período, o procedimento deve ser repetido.
- Cirurgia dos nervos simpáticos (simpatectomia): reservada para casos resistentes a outras formas de tratamento. Consiste no corte de alguns nervos simpáticos para reduzir a atividade das glândulas.
- Aspiração das glândulas: excelente alternativa cirúrgica para o tratamento da hiperhidrose axilar utilizando o instrumental da lipoaspiração. Nesta técnica,com resultados definitivos, as cânulas são inseridas com os orifícios para a superfície (face interna da pele), com o objetivo de remover as glândulas de suor. As incisões são mínimas e as cicatrizes resultantes tornam-se imperceptíveis com o passar do tempo, e o paciente pode retornar às atividades em três dias. É um procedimento realizado com anestesia local e com desconforto pequeno, sem risco de atingir outros órgãos.
- Micro-ondas: o método emprega um aparelho à base de radiação eletromagnética (micro-ondas) que atinge as camadas mais profundas da pele, sem prejudicar a superfície. Enquanto “cozinha” as glândulas sudoríparas, o aparelho mantém a porção externa da pele resfriada, o que diminui o inchaço e a vermelhidão nas axilas. O aparelho tem também um sistema que protege a parte superficial da pele, enquanto as micro-ondas agem somente na camada a ser tratada. Usa-se uma ponteira descartável para aplicar o tratamento, que efetua tantos disparos quantos forem necessários. Realizado em ambulatório, com anestesia local, o tratamento pode ser utilizado em todos os fototipos de pele. É mais doloroso que a lipoaspiração axilar, mas tem resultados semelhantes e pós-operatório mais confortável.
Fonte: